Por Paulo Brito

Em terras cariocas, não é necessário muito esforço para se esbarrar com alguma personalidade ou jogador de futebol nas ruas, restaurantes, boates e bares da zona sul e da Barra da Tijuca. De fato, a capital do Rio é um ovo e essas regiões supracitadas são bem menores do que a gema. Se fôssemos analisar a quantidade de profissionais do futebol que se perdem entre umas goladas e outras de um religioso choppinho, chegaríamos à conclusão de que estes só são profissionais porque têm uma carteira assinada.

O que é estranho, especificamente, neste cenário? O jornalista das Organizações Globo, Renato Maurício Prado, resolveu tirar Fred para Cristo e passou a crucificá-lo, como se o mesmo levasse uma vida completamente desregrada. Baseando-se em relatos da audiência de sua coluna, RMP deu uma de “médico sem fronteiras” e, de longe, insinuou sobre os “possíveis” reais motivos dos problemas do artilheiro:

- Circuito do Copo: Freqüentadores assíduos da noite carioca, especialmente os do Bar Veloso, no Leblon; do Bar do Copa, no Hotel Copacabana Palace; e do Botequim São Nunca, na Barra da Tijuca, me enviam, rotineiramente, e-mails dizendo que não se espantam quando um conhecido jogador sofre mais um de seus inúmeros problemas musculares. Por que será? – salientou o jornalista.

Ora bolas, o autor da coluna é médico? É repórter de fofoca? Imaginando que tudo seja verdadeiro, pelo menos Fred bebe e não aparece nas paginais policiais. Ele ganha muito e joga pouco – em quantidade? Como eu não sou médico, vou me valer da versão oficial: azar, coincidência; muito azar.

É importante que fique claro que não defendo uma conduta anti-profissional fora de campo. O nosso goleador é bem grandinho e ídolo de duas torcidas imensas, como ele mesmo bem frisou. Fred deve (ou deveria) saber qual é o limite. Para ser honesto, tampouco acho uma atitude correta usar meios de comunicação destinados, teoricamente, à torcida e aos leitores de um determinado jornal, para trocar farpas de cunho pessoal. Parecem duas crianças, uma bate e a outra devolve.

Pensando no nosso bem, tricolores, sugiro ignorar todo esse duelo. Vamos nos focar nos detalhes. Por exemplo, trocando a ordem das duas últimas letras das siglas do nome do jornalista do Sportv, o que acontece? ... RPM. E o que isso lembra? “Vamos pra cima Fluzão, quero gritar campeão...”. Amém!

Flutilidades:

- Sem menosprezar ou superestimar as pessoas que vivem nas redondezas dos lugares que citarei, creio que o São Nunca e o Copacabana Palace são mais interessantes do que as biroscas da Rocinha e da Chatuba.

- Nelson Rubens está fazendo escola no jornalismo esportivo.

- Se algum dia eu for convidado para trabalhar na Globo, terei que apagar esse post – espero que não se sintam traídos.

- Fluminense ganhará bem do Furacão. Detalhe: com show da dupla nova de ataque.

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