Por Luiz Carlos Máximo

Vagner Love no Flu? A notícia divulgada por um jornalista, na tarde de hoje, mesmo podendo ser apenas mais uma das especulações comuns diante da proximidade da abertura das transferências internacionais, causou um bom debate entre os tricolores. Os contra, imediatamente se pronunciaram. Já os favoráveis, cautelosamente, vão se posicionando. Devagar, devagarinho, pra não machucar.

E você, escriba sumido do blog da Redação? Perguntarão meus inúmeros leitores da minha grande família. E eu me pergunto: O cara é bola? É. Faz gols? Faz. Faria uma boa dupla com Fred? Sim. Imporia um temor aos adversários? Sim. Pintaria as tranças de grená, verde e branco? Obrigatoriamente! Então, Celsão, contrata, contrata, contrata logo, digo ávidamente, esfregando as mãos, sonhando com as bolas enfiadas por Conca e Deco para esse ataque maravilha.

Mas uma incômoda voz da consciência atrapalha o meu sonho. "Ele é urubu!", avisa. Imediatamente, pensei em rezar o terço três vezes e pedir mil perdões ao santo João de Deus pelos maus pensamentos e desejos pecadores. Mas o Papa das decisões, lembrou-me: "Gol não é um detalhe. . E o que vem da urubulândia se transforma em uma ave altiva que não perde a oportunidade. Principalmente na hora de decidir. Nas Laranjeiras, urubu vira carcará, o gavião brasileiro!".

E foi relatando: "Lembra do Dionísio, o Bode Atômico? Veio da dissidência. Marcou dois na decisão do título carioca em 1973, pra desespero da urubuzada. E o Diabo Louro? O argentino mais carioca, que chegou no troca-troca do Dr.Horta, e matou o Bacalhau, em 1976, no finalzinho da partida e nos sagramos bicampeões. E o inesquecível ano de 1995? Era o centenário dos remadores. E Renato Gaúcho se tornou o Rei do Rio, após uma bela barrigada histórica. E por último, depois de 26 anos, conquistamos o terceiro título brasileiro com um gol marcado por um sheik sortudo na bola e azarado no amor."

Depois de tantas boas lembranças, só me restou guardar o terço, e admitir a minha impotência quanto aos destinos traçados pelos Deuses do futebol. Portanto, que venha mais um Carcará!