sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O retorno de Washington
Por Luiz Carlos Máximo
Quando o Washington foi contratado em 2008 pelo Fluminense, achei que era um jogador com mais habilidade do que realmente possui. Alguns jogos pelo Atlético-PR enganaram a minha visão. Achei também que era um daqueles artilheiros frios, outro engano. Com exatidão, o apelido o definia: "Coração Valente"
Washington foi um daqueles centroavantes à moda antiga, que fez-me lembrar de Flávio e Mickey. O primeiro, o "Minuano" tinha uma cabeçada mortal e um chute forte e certeiro. O segundo, cheirava a gol, e a bola louca pra se aninhar na rede o procurava. Foram épicos. E os mais novos pensam que Flávio e Mickey não foram alvos da irritação de torcedores, quando a não intimidade com a pelota se revelava? Claro que foram. Mas a torcida os compreendia porque sabia que eram capazes de feitos como os gols da decisão no Fla x Flu do Carioca de 1969 ou da final na conquista do primeiro campeonato brasileiro, em 1970, contra o Atlético-MG, no Maracanã. E assim também foi o Coração Valente. Entrou pra essa galeria.
Confesso que fiquei muito decepcionado quando vi Washington se transferir para o São Paulo. Isto porque aquela mudança acabaria com a minha idealização de ver o artilheiro no quadro dos heróicos atacantes identificados com o Fluminense. Mas o retorno que ajudou o Flu a conquistar o Brasileiro, 26 anos depois, trouxe-lhe a aura heróica e o lugar no álbum da história do futebol tricolor. Se a ausência de Fred nos parecia decisiva negativamente, e era, a volta de Washington também foi, positivamente. O retorno de Washington recolocou a história no seu curso natural.
O gol do jogo final foi de Emerson. E o "Sheik" justamente entrou para os anais de gols de títulos. Mas o desvio do Coração Valente, após o cruzamento de Carlinhos, será sempre lembrado, porque foi fatal. Se o artilheiro, que tanto sofreu com o jejum, tivesse marcado o gol do título, seria óbvio demais. Seria como um filmezinho romântico americano com aquele final, feliz e sem surpresas. Não. O futebol não tem nenhum compromisso com certezas e finais programados. O futebol é feito de corações como o de Washington.
Obrigado, artilheiro!
Quando o Washington foi contratado em 2008 pelo Fluminense, achei que era um jogador com mais habilidade do que realmente possui. Alguns jogos pelo Atlético-PR enganaram a minha visão. Achei também que era um daqueles artilheiros frios, outro engano. Com exatidão, o apelido o definia: "Coração Valente"
Washington foi um daqueles centroavantes à moda antiga, que fez-me lembrar de Flávio e Mickey. O primeiro, o "Minuano" tinha uma cabeçada mortal e um chute forte e certeiro. O segundo, cheirava a gol, e a bola louca pra se aninhar na rede o procurava. Foram épicos. E os mais novos pensam que Flávio e Mickey não foram alvos da irritação de torcedores, quando a não intimidade com a pelota se revelava? Claro que foram. Mas a torcida os compreendia porque sabia que eram capazes de feitos como os gols da decisão no Fla x Flu do Carioca de 1969 ou da final na conquista do primeiro campeonato brasileiro, em 1970, contra o Atlético-MG, no Maracanã. E assim também foi o Coração Valente. Entrou pra essa galeria.
Confesso que fiquei muito decepcionado quando vi Washington se transferir para o São Paulo. Isto porque aquela mudança acabaria com a minha idealização de ver o artilheiro no quadro dos heróicos atacantes identificados com o Fluminense. Mas o retorno que ajudou o Flu a conquistar o Brasileiro, 26 anos depois, trouxe-lhe a aura heróica e o lugar no álbum da história do futebol tricolor. Se a ausência de Fred nos parecia decisiva negativamente, e era, a volta de Washington também foi, positivamente. O retorno de Washington recolocou a história no seu curso natural.
O gol do jogo final foi de Emerson. E o "Sheik" justamente entrou para os anais de gols de títulos. Mas o desvio do Coração Valente, após o cruzamento de Carlinhos, será sempre lembrado, porque foi fatal. Se o artilheiro, que tanto sofreu com o jejum, tivesse marcado o gol do título, seria óbvio demais. Seria como um filmezinho romântico americano com aquele final, feliz e sem surpresas. Não. O futebol não tem nenhum compromisso com certezas e finais programados. O futebol é feito de corações como o de Washington.
Obrigado, artilheiro!
Assinar Postagens [Atom]
Postar um comentário