sábado, 20 de março de 2010
O torcedor quer gozar
Duas finais sul-americanas perdidas para a altitude. A falta de ar devido aos milhares de metros acima do nível do mar dificultou o coito das bolas na rede da LDU. Mas não fomos incrédulos. Penetramos ferozmente no Maracanã – e em outros estádios do país – para acompanhar e apoiar os comandados de Cuca. De tanto pensarmos na ideia da ressurreição, quase como uma masturbação mental, o time ejaculou uma reviravolta. Nasceram os “guerreiros”.
Agora, seduzidos com a possibilidade de conquistar duas competições, Fred se machuca. O clima broxante com a notícia do estiramento logo é quebrado com especulações acerca da contratação de outros olimpianos que estarão vestindo a camisa de alguma seleção na Copa do Mundo – ou não. Porém, a preliminar não funciona assim. Na dança do acasalamento com os fãs do clube, o Flu tem se mostrado um virgem – ou se faz muito de bobo.
Quando numa relação o que importa é a confiança, o caráter e o comprometimento, por que procurar gente “bonita”? O estardalhaço geral em cima de possíveis nomes pretendidos pelo Flu e patrocinadora só serve para a segunda parte. Enquanto que nos bastidores tapas e beijos correm soltos, nas arquibancadas o torcedor quer gozar e não apenas com a derrota alheia.
Para orgasmos múltiplos em versão verde, branco e grená, será necessária a conquista de títulos, e não só de meras falsas expectativas. No mundo do futebol, vice não é nada. Aos homens de colarinho branco nas Laranjeiras, um conselho: fingir, nesse momento, é enganar o parceiro fiel do clube, é enganar a torcida.
Parabéns pelo senso crítico fora do normal, e pela maneira ao mesmo tempo legítima e irônica que faz a gente sentir prazer em ler, parabéns.
Além disso, tudo o que você escreveu é verdade, tudo bem que nós torcedores somos imediatistas, afinal estamos em jejum de carioca há 5 anos.
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